quarta-feira, 17 de julho de 2024
Apesar das críticas a Renascer, Bruno Luperi acertou em cheio na condução de Tião Galinha (Irandhir Santos) rumo a um novo final. O autor trouxe a discussão sobre a questão fundiária e a reforma agrária novamente para o horário nobre da Globo --e de um jeito que conseguiu driblar a rejeição do público cada vez mais conservador da TV aberta. Quer Saber? Senac EAD! Quer Saber? Senac EAD! Quer Saber? Senac EAD! Publicidade O roteirista obviamente bebe na fonte do próprio avô, Benedito Ruy Barbosa, que já havia levantado questões parecidas em O Rei do Gado (1996). O veterano, entretanto, citou diretamente o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) --que vivia em "pé de guerra" com o governo de Fernando Henrique Cardoso na época. Após críticas, Renascer corrige deslize em morte do bebê de Sandra Após elogio, Lupita muda o visual em Família É Tudo; veja foto da transformação Diretor de Vale Tudo se encanta com novata que fez teste para Maria de Fátima A Rainha da Pérsia: Ester sofre atentado, fica à beira da morte e perde bebê Luperi também enfrenta uma conjuntura política bastante aquecida, ainda que bem mais polarizada do que na década de 1990. Um novo desafio também apareceu para a produção audiovisual, em que polemizar nas redes tornou-se uma das principais armas da extrema direita para avançar no Congresso. Quer Saber? Senac EAD! Quer Saber? Senac EAD Quer Saber? Senac EAD! Publicidade Essas interferências são um desafio para a teledramaturgia desde a Ditadura Militar (1964-1985), em que autores cortavam um dobrado para driblar a Censura Federal. Mesmo já na Redemocratização, a Globo teve que se adaptar diante não só de críticas no Congresso, mas também do Judiciário. Um dos exemplos mais lembrados é o da decisão do juiz Siro Darlan, da 1ª Vara de Infância e Juventude do Rio de Janeiro, que proibiu a presença de menores de 18 anos em Laços de Família (2000). Luperi até aqui conseguiu levantar um debate eminentemente político sem despertar reações "apaixonadas" nas redes sociais. Ele, inclusive, conseguir até ir além do que o avô tinha ido em O Rei do Gado, já que Benedito Ruy Barbosa foi criticado por ter construído um pecuarista "bonzinho demais" na figura de Bruno Mezenga (Antonio Fagundes). No remake de Renascer, Tião Galinha bate de frente até mesmo com José Inocêncio (Marcos Palmeira), cuja barra já não é mais tão aliviada quanto a de Bruno em O Rei do Gado ou José Leôncio (Marcos Palmeira) na segunda versão de Pantanal (2022). Passagem para Maragogi - Compare Voos Baratos www.kayak.com.br/passagem Passagem para Maragogi - Compare Voos Baratos Publicidade Uma das estratégias de Luperi foi tornar a discussão menos "política" na superfície. Pastor Lívio (Breno da Matta) já disse que a discussão sobre a terra não é uma questão de "direita ou esquerda"; Dalva (Maria Zenayde) faz o telespectador sentir na pele a "injustiça" na distribuição de terras. O apelo de Tião é muito mais afetivo do que discursivo, por mais que o personagem tenha se tornado bem mais político --no melhor sentido da palavra-- do que em 1993. Nos capítulos mais recentes, por exemplo, ele chegou até mesmo a levar chicotadas nas costas por ter desafiado Egídio (Vladimir Brichta) em um debate sobre a escravidão moderna no campo. A construção de um Tião Galinha "injustiçado" e que vai buscar até na Bíblia uma saída para a reforma agrária ajuda não só a aproximar o público do tema, mas evitar que algumas forças se apropriem dessa trama em horário nobre para interesses próprios dentro do Congresso. Leia também -> Resumo dos próximos capítulos da novela Renascer. A primeira versão de Renascer foi ao ar na Globo em 1993. Bruno Luperi é responsável pela adaptação da saga rural que ficará no ar até 7 de setembro. Mania de Você , de autoria de João Emanuel Carneiro, entrará no lugar do remake. Inscreva-se no canal do Notícias da TV no YouTube e assista a vídeos com revelações do que vai acontecer em Renascer e outras novelas: Quer Saber? Senac EAD!
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Renascer Praise - Plano Melhor (Ao Vivo)
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